terça-feira, 21 de agosto de 2012

RESENHA: Nick & Norah, de Rachel Cohn e David Levitan


Título: Nick e Norah - Uma Noite de Amor e Música
Autores: Rachel Cohn e David Levithan
Editora: Galera Record
ISBN: 8501085405
Páginas: 224
Ano em que foi Publicado no Brasil: 2009
Título Original: Nick & Norah's Infinite Playlist
Ano da Publicação Original: 2006




Nick & Norah é um daqueles livros "comprei-por-acaso-e-acabei-me-apaixonando". Na verdade, eu diria até que é meio difícil de não se apaixonar, mas melhor deixar quieto porque muitas pessoas disseram que nao gostaram.

Ele conta a história de Nick(um garoto legal,baixista de uma banda punk, que acabou de levar um pé na bunda da namorada e está arrasado por causa disso) e Norah (uma apreciadora de música punk, que também tem problemas com um ex-namorado e que tá meio perdida na vida), que por acaso se encontram no mesmo bar na mesma noite. E eles se "conhecem" quando Nick a pede para fingir ser sua namorada por 5 minutos, para despistar a já mencionada ex-namorada devastadora(que está com um acompanhante a tira-colo). E eles se beijam, um primeiro beijo especial e perfeito que faz com que eles acabem se apaixonando um pouquinho um pelo outro. Então eles vão juntos noite a dentro, se conhecendo melhor e descobrindo que tem muito em comum, fazendo loucuras e se apaixonando mais ainda.

Cada capítulo é contado do ponto de vista de um deles. Norah é uma personagem fofa, ela está totalmente perdida na vida e bem confusa, é precipitada nas ações mas consegue ser muito, muito divertida. Já o Nick é o típico menino-perfeito-de-livro, toca na banda gay mas é totalmente hétero, escreve canções romanticas e tem um humor sarcástico hilário.

Juntos eles se completam, e vão ajudando-se mutuamente a superar as mágoas nas quais estão ambos meio afundados. Eles vão, aos poucos, se encontrando, e isso foi sem dúvida o que eu mais gostei na história.

Os personagens secundários também são incríveis, eu adorei o Dev e o Thom e daria qualquer coisa para conhecer o Toni, um travesti amigo da Norah que usa uma fantasia de coelhinho da playboy. Até a Tris, a ex-namorada do Nick, consegue ser legal.

A narrativa é cheia de referências musicais, mencionado músicas, bandas e musicais, e isso deixa a história ainda mais interressante. O único problema é que os diálogos são recheados de palavrões pesados, e por isso muitos acham que o livro nao deveria ser recomendado para jovens.No meu caso, os palavrões não incomodaram nem um pouco.

O livro foi adaptado para filme, com o Michael Cera como Nick e a Kat Dennings como Norah. Mas, pelo que dá para perceber pelo trailer, os produtores mudaram muita coisa e deram mais papel para os personagens secundários. A história também ja começa bem diferente, porque no filme é a Norah que pede ao Nick para fingir ser seu namorado e nao o contrário.

A Rachel Cohn e o DAvid Levithan são uma dupla dinâmica perfeita, e eu espero ter a chance de ler algum outro trabalho deles em breve (eles também escreveram juntos Naomi and Ely's No Kiss List e Dash & Lily's Book of Dares .

terça-feira, 31 de julho de 2012

RESENHA: Twenty Boy Summer, de Sarah Ockler


Nome:Twenty Boy Summer
Autora: Sarah Ockler
ISBN-13: 9780316051583
Editora: Little, Brown Books for Young Readers
Data de publicação nos Estados Unidos: 5/1/2010
Número de Páginas: 290


Twenty Boy Summer conta a história de Anna e Frankie, duas adolescentes que vão passar o verão em uma praia da Califórnia. As duas sofreram um trágico acidente no ano anterior, no qual o irmão de Frankie falecera, e ainda estão meio desestabilizadas pelo que aconteceu.
Para que Anna tenha seu primeiro ‘romance de verão’, elas programam conhecer um garoto por dia, para terem assim O Melhor Verão de Todos.
Mas,o que sua melhor amiga não sabe é que Anna já teve seu grande romance de verão, e que ele acontecera com ninguém menos que Matt, pouco tempo antes da fatídica noite. Sem conseguir esquecê-lo, ela embarca na aventura com o objetivo de tirá-lo da sua cabeça e tentar, em fim, seguir em frente.


É meio difícil resenhar um livro que me deixou tão decepcionada, especialmente depois de ler críticas tão positivas.Essa sinopse me passa a ideia de ser uma comédia romântica, sobre as aventuras das duas procurando garotos. Mas, na realidade,o livro se foca muito mais na dificuldade que a personagem principal tem de esquecer o ex-amor, e da dificuldade que é guardar segredos de sua melhor amiga.

A história é contada em primeira pessoa pela Anna, que é uma personagem bem dinâmica e divertida. Ela tem muitas semelhanças com a Lennie, de O Céu Está em Todo Lugar (um livro lindo escrito pela Jandy Nelson). Ambas são tímidas, viviam meio ofuscadas por outra pessoa (no caso, pela amiga Frankie), gostam de ler e vivem escrevendo seus sentimentos em papéis.

Twenty Boy Summer também caracteriza a morte de forma semelhante à O céu está em todo lugar, as protagonistas de ambos os livros acreditam que a pessoa que perderam as está vigiando e cuidando.

Um grande problema que complicou a leitura é a personagem Frankie. Ela é a típica menina superficial, metida e fútil que podemos encontrar em alguns livros. Frankie vive pressionando a Anna, tentando convencê-la a fazer seus desejos e, em muitas partes da história, ela me irritou profundamente.

O outro ponto negativo do livro é a falta de emoção que ele provocou. Em nenhum momento eu me emocionei com a história da Anna, porque a autora deixou um pouco a desejar nesse quesito. Para mim, um livro deve trazer muitas emoções à tona, nos deixando comovidas e até triste quando terminado. Talvez tenha realmente sido uma questão de tê-lo lido na época errada mas, infelizmente, TBS não conseguiu fazer comigo o que muitos livros ja conseguiram fazer.

A capa do livro tem um significado lindo, que é explicado no decorrer da história. O título, porém, eu não acho muito adequado. Ele e a sinopse oficial se focam muito no ‘combinado’ que as meninas fazem; algo que, no decorrer da história, nem tem tanto destaque.

Aqui no Brasil, o livro será publicado pela Editora Novo Conceito até o fim de 2012, mas ainda não tem data prevista.

Por fim, acho que Twenty Boy Summer é um livro divertido e fácil de ler (o nível de inglês também não é muito avançado), mas deixa muito a desejar (ou, pelo menos, para mim deixou). Eu que tinha grandes expectativas, fiquei bem decepcionada – mas talvez, quem lê-lo mais despretensiosamente achará a história mais cativante.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Jogador N° 1, de Ernest Cline






Nome: Jogador N° 1
Autor: ERNEST CLINE
Editora: Leya
Número de páginas: 464
ISBN: 9788580442687
Ano em que foi publicado no Brasil: 2012
Nome original: Ready Player One








Guerras. Falta de energia. Crises de fome.
É nessa situação que o mundo se encontra em 2044. E, em meio ao caos instalado, os cidadãos passam a usar sua vida inteira em prol de um videogame.

Wade Watts não é excessão; assim como o resto da população, ele passa todas as horas livres de seu dia no OASIS - uma utopia virtual muito realista. Passeando por milhões de planetas, lutando contra monstros e conhecendo avatares de todos os tipos (de pessoas a elfos, seres mitológicos, magos e samurais), Wade foge de sua triste realidade.

O maior mistério do jogo, porém, é o grande Easter Egg de Halliday. Uma série de pistas e enigmas inspirados na década de 80 (época por qual o criador do jogo era apaixonado)está escondida em algum lugar do gigantesco mundo virtual, e o prêmio para o primeiro que as solucionar é a gigantesca herança do dono, James Halliday, que morreu sem herdeiros.
A caça, porém, já está rolando há cinco anos,e nenhum avatar conseguiu encontrar a primeira chave. Quase todos os caça-ovos já perderam as esperanças.

Até que, de repente, Wade soluciona o primeiro enigma, e o mundo inteiro volta-se para acompanhar seus passos e os dos outros milhões de caça-ovos, todos estudadiosos dos símbolos de Halliday e conhecedores das milhares informações sobre os anos 1980.
O jogo, porém, logo se torna em uma perigosa jornada para ele e, em meio a tramas, chantagens e perseguições, Wade logo percebe que a única forma de salvar sua vida e o futuro do jogo é vencer a caça e encontrar o "Ovo" de Halliday. E, para isso, ele terá que deixar a existência virtual para trás e encarar a vida real e o amor- coisas do qual sempre fugiu.

O livro é recheado de curiosidades e informações sobre os anos 80. Entre bandas, filmes, jogos e seriados de TV, o leitor descobre muitos fatos interessantes outrora desconhecidos, e assim entender melhor a época.

A sociedade criada por Ernest Cline é genial, um espelho do que o planeta pode virar se continuar avançando nessa direção. Em meio a tantas catástrofes, a única forma que a população encontrou de escapar é mergulhando no mundo virtual, e com isso muitos perderam até mesmo a capacidade de se relacionarem entre si.

O romance presente no livro é bem discreto e serve apenas para acrescentar detalhes à história. Em meio a tantos lançamentos com temas sobrenaturais e triângulos amorosos é interessante ler um livro que foge do padrão comum e que incorpora o tema não muito explorado dos videogames.

O único problema do livro se encontra na narrativa, que em algumas partes se torna lenta e maçante demais. Felizmente, esses trechos não são longos nem constantes, e de resto a leitura flui maravilhosamente bem.

O autor, assim como o Halliday do livro, é um geek de carteirinha que adorava os anos 80. Após anos de pesquisa e de um trabalho como roteirista, o livro foi sua forma de encantar os leitores com seu conhecimendo nerd, e levar essa cultura muito interessante àqueles que antes a desconheciam.

Jogador N° 1 é um livro cativante que, além de entreter o leitor com curiosidades de uma época não muito explorada no ramo literário, também nos faz pensar no futuro do planeta e,principalmente,como é preciso mudar nossos hábitos atuais(como o vício em eletrônicos) para evitar um futuro desastroso.